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Em 17 de abril de 1967, Katherine Switzer mudou a história feminina na corrida.
Contrariando seu treinador de atletismo da faculdade que repetia constantemente: “Mulheres são muito frágeis para uma maratona”, Katherine decidiu correr a Maratona de Boston.
Oficialmente, as mulheres não eram impedidas de disputar a Maratona de Boston. Não havia um item sequer do regulamento que vetasse a presença de corredoras, porém era forte a crença limitante de que mulheres não eram capazes de correr 42.195 metros.
Acreditava-se que mulheres que corriam distâncias maiores ficariam masculinizadas e estéreis. Ignorando estes comentários ela se inscreveu com suas iniciais: K. V. Switzer.
Ainda que a organização imaginasse que se tratava de um formulário preenchido por um homem, era a primeira vez que uma mulher entrava oficialmente em uma maratona, um território exclusivamente masculino até então.
Com o número de peito 261, Katherine largou na prova, no início com comentários simpáticos e de incentivo dos outros corredores e até da imprensa que a fotografava. Porém poucos quilômetros depois Jock Semple, escocês que comandava a prova, soube que uma mulher estava correndo e a empurrou com truculência, dizendo: “Caia fora da minha corrida e me dê esse número de peito”. Essa sequência tão emblemática foi clicada pelos fotógrafos e roda o mundo até hoje.
Ela decidiu continuar, para que aquilo servisse de exemplo para outras mulheres, completando a maratona em 4h20.
Após isso, em 1972, a Maratona de Boston oficializou a categoria feminina. Paralelamente, cresceu o volume de cobranças sobre o Comitê Olímpico para que a maratona olímpica contasse com a participação de mulheres — algo que se confirmou em 1984, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles.
Como corredora Kathrine Switzer venceu a Maratona de Nova York de 1974, com o tempo de 3h07min29s, e foi a segunda colocada em Boston em 1975, registrando 2h51min37s. Como mulher ela transformou a história do esporte mostrando ao mundo que MULHERES PODEM ir muito além dos limites que a sociedade impõe.